o amor perdido é também uma doença, dói-nos o corpo pela ferida na alma que teima em não curar. e mesmo quando deixamos de ter pena de nós próprios, tropeçamos invariavelmente nos momentos em que nos desequilibramos. as interrogações e as incertezas que tomam conta dos amantes em desgraça ensinam-nos que não somos donos da verdade, nem sequer da nossa própria verdade. e é nesse instante de humildade que surge a libertação. porque tomamos consciência que, depois do amor, já não somos tábuas rasas, somos mais por tudo o que soubemos sentir por inteiro. aprendemos um universo, uma vida infinita. e a grandeza de um sentimento maior do que a vida, recompõe-nos na nossa certeza de que não somos estéreis, porque o amor nos tocou e porque abraçámos infinitamente a possibilidade de ficar para sempre em nós.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei , sigo (:

-sb disse...

obrigada, sigo tambén ;)